Daniel Innerarity O futuro é algo com o qual devemos manter boas relações porque desempenha um papel muito importante nas nossas vidas, pessoais e colectivas. O mais imprescindível dos livros de auto-ajuda deveria intitular-se, precisamente, «O futuro, manual de instruções». O futuro parece a coisa mais simples do mundo: encontrar-nos-emos com ele façamos o que façamos; quem quiser conhecê-lo, apenas tem de esperar um pouco e ver... No entanto, é um espaço complexo, aberto e desconhecido, que ameaça ou promete demasiado, que inquieta e atrai, onde quem o maltrata acabará por pagar um preço elevado. Nada mais inevitável e, simultaneamente, fácil de eliminar.
A few years ago a Minister of Education in a EU country pronounced on an official occasion: “the school is a firm”. By the same token,
one could also say, “the university is a firm” (not just private universities), “the Church is a firm” (not meaning just the Vatican bank), the “State is a firm” (the State as such, generically, not just kleptocratic or patrimonialist states), or even “the family is a firm” (not just “family firms”), even though conventional textbook economics in the West (e.g. Paul Samuelson’s textbook) used to distinguish sharply between “firms” and “households”
Vivemos, há algum tempo, como que semi-adormecidos, quando não em estado de sonambulismo profundo. Algo nos embaça a visão e nos impede de ver que estamos, provavelmente desde os primeiros momentos de vida, crescentemente aprisionados nas engrenagens e repetições de nossas próprias máquinas, sujeitados a seus ritmos não-humanos, imersos em suas vibrações e hipnotizados pela velocidade crescente dos fluxos materiais e semióticos que estranhamente nos unem a elas.