A exposição individual de João Tabarra, patente na ZDB e na Galeria Graça Brandão em Abril e Março [2007], vem evidenciar que estamos diante de uma das obras mais ambiciosas e intensas da arte contemporânea portuguesa. A obra mais recente aparece reunida com o nome de G, a constante gravitacional, evocando uma condição essencial de uma lógica planetária anterior ao aparecimento do homem e à formação do sujeito polÃtico. Esta exposição aparece, assim, circulando entre a proposta de uma "desheroificação" da construção histórica e a reposição de uma teia polÃtica simplificada face à condição partilhada dos seus participantes: a de serem, de coexistirem na superfÃcie terrestre. — Por João Maria Gusmão e João Urbano
Este livro debruça-se sobre as implicações, os impactos e repercussões do devir tecnocientÃfico a nÃvel planetário tendo como eixo a condição humana, e procede a uma desmontagem e desactivação das narrativas, muitas delas de teor messiânico, que legitimam e extremam esse devir.
Herwig Turk e Paulo Pereira têm desenvolvido um projecto artÃstico a vários tÃtulos excepcional, com a peculiaridade de ser protagonizado por um artista plástico e um biólogo. Têm explorado aquilo que gostam de caracterizar como regiões de fronteira, onde ocorrem sobreposições de territórios disciplinares, e para isso têm construido uma linguagem poderosa a partir do uso da fotografia, do vÃdeo, da escultura e da performance. — Entrevista por João Urbano
Vivemos, há algum tempo, como que semi-adormecidos, quando não em estado de sonambulismo profundo. Algo nos embaça a visão e nos impede de ver que estamos, provavelmente desde os primeiros momentos de vida, crescentemente aprisionados nas engrenagens e repetições de nossas próprias máquinas, sujeitados a seus ritmos não-humanos, imersos em suas vibrações e hipnotizados pela velocidade crescente dos fluxos materiais e semióticos que estranhamente nos unem a elas.
«O Laboratório InvisÃvel» reúne as últimas obras criadas no âmbito do projecto BLINDSPOT, iniciado em 2004, por Herwig Turk em co-autoria com Paulo Pereira. BLINDSPOT visa criar objectos e dispositivos artÃsticos que procuram problematizar o valor simbólico da percepção enquanto parte integrante e contaminante dos processos de construção do conhecimento cientÃfico.
Proponho algumas perguntas que, não sendo rigorosas nem bem articuladas, podem estimular o diálogo online na NADA. São, portanto, perguntas para as vossas perguntas. São perguntas que tentam pensar e que, eventualmente, se apresentam já desfeitas pela sua própria tensão.